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Desvendando a mente inquieta: entendendo o TDAH

Você já se sentiu perdido em pensamentos, incapaz de se concentrar em uma única tarefa? Ou, talvez, você conheça alguém que está sempre com a cabeça nas nuvens, com dificuldade em seguir instruções simples. Bem-vindo ao mundo intrigante do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, mais conhecido como TDAH. Explorando a complexidade do cérebro humano, a neurociência tem nos mostrado que o TDAH é muito mais do que apenas uma falta de atenção e hiperatividade. Em nível psicológico, o TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta áreas chaves do funcionamento cognitivo e comportamental, esse transtorno envolve diferenças na comunicação entre várias áreas do cérebro, como o córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento e controle das ações, e o sistema de recompensa, que regula o impulso e a motivação.


Mas o que isso significa na prática? Imagine um carro sem freios, acelerando descontroladamente, essa é a sensação de que algumas pessoas com TDAH vivenciam diariamente. Seus pensamentos são, por muitas vezes, fora de sincronia. É uma verdadeira maratona mental, onde cada pensamento parece correr em uma velocidade. E o que dizer da hiperatividade? Embora muitas vezes associada a crianças que não conseguem ficar paradas, a hiperatividade no TDAH pode se manifestar de maneiras sutis em adolescentes e adultos. Em vez de pular pela sala, eles podem sentir uma inquietação interna constante, uma sensação de estar sempre “ligado” ou “na ponta dos pés“.


Os psicólogos têm desempenhado um papel crucial na compreensão e tratamento do TDAH. Através de pensamentos aproximados, como a terapia cognitivo comportamental, eles ajudam as pessoas com TDAH a desenvolver estratégias para gerenciar seus acelerados e dificuldades de concentração. Essas técnicas podem envolver desde a organização do tempo e definição de metas ao aprendizado de habilidades. Para diagnosticar o TDAH, os profissionais confiam no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5 TR). Esse guia super importante e amplamente utilizado na psicologia, psiquiatria e na neuro, fornece critérios claros para identificar os sintomas do TDAH e distinguir entre os diferentes subtipos. No entanto, é importante lembrar que cada indivíduo é único e que o diagnóstico deve ser feito por um profissional qualificado.


O TDAH é um transtorno neurobiológico comum que afeta crianças, adolescentes e adultos. Embora seja mais frequente na infância, muitos indivíduos continuam a lidar com os sintomas do TDAH ao longo de suas vidas. As principais características do TDAH são desatenção, hiperatividade e impulsividade. No entanto, é importante destacar que o transtorno se manifesta de diferentes formas em cada indivíduo. Alguns podem apresentar predominância de sintomas de desatenção, enquanto outros apresentam mais sintomas de hiperatividade e impulsividade. Existem três subtipos principais de TDAH: 
predominantemente desatento, predominantemente hiperativo/impulsivo e combinado.
Os sintomas de desatenção do TDAH incluem dificuldade em manter o foco em tarefas, falta de organização, esquecimento frequente, dificuldade em seguir instruções, tendência a se distrair facilmente e dificuldade em completar atividades que esforço mental prolongado.


Já a hiperatividade se caracteriza por uma necessidade constante de estar em movimento, inquietação, dificuldade em permanecer sentado por longos períodos de tempo, falar e interromper os outros. A impulsividade envolve agir sem pensar nas consequências, tomar decisões precipitadas e ter dificuldade em esperar sua vez. É importante ressaltar que o TDAH não é resultado de falta de disciplina, má educação ou problemas familiares. Está enraizado em diferenças neurobiológicas que experimentaram a regulação do comportamento e da atenção. A genética desempenha um papel significativo na predisposição ao TDAH, mas fatores ambientais também podem influenciar seu desenvolvimento.


Compreender o TDAH através da neurociência, do conhecimento dos psicólogos e dos critérios sofridos no DSM-5 TR nos permite reconhecer a complexidade desse transtorno e oferecer o suporte necessário para aqueles que vivem com ele. Ao criar um ambiente de compreensão, empatia e apoio, podemos ajudar as pessoas com TDAH a desenvolver seu potencial máximo e alcançar sucesso em suas vidas pessoais e profissionais.


Desvendando o Potencial: Dicas e Jogos para Trabalhar com o TDAH


O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) pode trazer desafios na concentração, organização e autorregulação emocional. No entanto, com metodologias seguidas e atividades estimulantes, é possível explorar o potencial único das pessoas com TDAH. Aqui estão algumas dicas e jogos que podem ajudar a trabalhar com indivíduos que têm TDAH:

 

– Estrutura e Rotina: estabeleça uma rotina diária com horários definidos para atividades específicas. Use calendários, controles visuais e alarmes para ajudar a manter a organização e lembrar das tarefas importantes.

– Jogos de Concentração: jogos que exigem foco e atenção são ótimas opções para fortalecer a concentração. Jogos de quebra-cabeça, jogos de memória, jogos de estratégia como xadrez ou jogos de tabuleiro que estimulam a tomada de decisão são escolhas excelentes.

– Exercícios Físicos: a prática de exercícios físicos pode ajudar a liberar energia e reduzir a inquietação. Atividades como caminhadas, corridas, natação ou esportes coletivos podem ser excelentes para canalizar a energia de forma positiva.

– Técnicas de Relaxamento: ensine técnicas de relaxamento, como meditação profunda, meditação ou ioga. Essas práticas podem ajudar a acalmar a mente e reduzir a ansiedade.

– Jogos de Movimento: jogos que envolvem movimento podem ajudar a liberar energia e melhorar o foco. Atividades como dança, jogos de equilíbrio ou até mesmo jogos de videogame com controles de movimento podem ser divertidos e estimulantes.

– Tarefas em Etapas: divida as tarefas em etapas menores e mais gerenciáveis. Isso ajuda a reduzir a sensação de sobrecarga e permite que uma pessoa com TDAH se concentre em uma parte de cada vez, o que torna mais fácil para ela completar uma atividade.

– Estimule Habilidades Sociais: jogos que envolvem interação social podem ser úteis para desenvolver habilidades sociais. Jogos de tabuleiro em grupo, jogos de equipe ou atividades em que seja necessário colaborar com outras pessoas podem ajudar a melhorar a comunicação, a cooperação e a capacidade de trabalhar em equipe.


Referências:

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5-TR. 5.
Abrahão, A. L. B., & Elias, L. C. dos S.. (2021). Students with ADHD: Social Skills, Behavioral Problems, Academic Performance, and Family Resources. Psico-usf, 26(3),

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