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TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)

O que é o TDAH?

O TDAH é um transtorno do neurosenvolvimento presente desde o nascimento, ou que se desenvolve logo após o nascimento. Algumas crianças têm dificuldades principalmente com a atenção prolongada, com a concentração e com a capacidade de concluir tarefas. São hiperativas e impulsivas, e algumas têm ambos os problemas. Muitas características do TDAH são notadas antes dos quatro, e invariavelmente antes dos 12 anos de idade, mas podem não interferir significativamente no desempenho acadêmico e social até os anos escolares intermediários. 

O TDAH era chamado anteriormente apenas transtorno do déficit de atenção (TDA). No entanto, a ocorrência comum de hiperatividade nas crianças afetadas, que é na verdade uma extensão física do déficit de atenção e impulsividade, levou a uma alteração da terminologia atual. 

Embora o TDAH seja considerado um transtorno que afeta crianças e sempre tem início na infância, algumas vezes ele pode não ser reconhecido até a adolescência ou idade adulta. As diferenças neurológicas continuam na idade adulta e cerca de metade das pessoas continuam a ter sintomas comportamentais na idade adulta. Os sintomas em adultos incluem: 

  • Dificuldade de concentração 
  • Dificuldade para completar tarefas (habilidades executivas ruins) 
  • Inquietação 
  • Oscilações do humor 
  • Impaciência 
  • Dificuldade em manter relacionamentos 

Pode ser ainda mais difícil diagnosticar o TDAH na idade adulta. Os sintomas podem ser semelhantes àqueles dos transtornos mentais, incluindo os transtornos do humor e os transtornos da ansiedade. Adultos que praticam o abuso de álcool e de drogas recreativas podem ter sintomas semelhantes.   

Os adultos com TDAH podem se beneficiar dos mesmos tipos de medicamentos estimulantes que as crianças afetadas. Eles possivelmente precisarão de terapia com o psicólogo para ajudá-los a melhorar sua habilidade de administrar o tempo e desenvolver outras técnicas para lidar com os problemas. 

Diagnóstico

O diagnóstico de TDAH se baseia no número, frequência e gravidade dos sinais. Os sinais devem estar presentes em, pelo menos, dois ambientes separados (normalmente, casa e escola) para que a reação da criança a problemas específicos em uma situação não seja confundida com TDAH. A ocorrência dos sinais apenas em casa ou apenas na escola, e em nenhum outro lugar, não se qualifica como TDAH, porque esses sinais podem ser causados pela situação específica.  

Os sinais devem também ser mais pronunciados do que seria esperado para o nível de desenvolvimento da criança e devem estar presentes por, pelo menos, seis meses. O diagnóstico é geralmente difícil, pois depende da opinião do observador. Além disso, as crianças que são principalmente desatentas podem não ser percebidas até o seu desempenho acadêmico ser afetado de maneira adversa.  

Não existem exames de laboratório para o TDAH. Questionários sobre diferentes aspectos do comportamento e desenvolvimento podem ajudar os médicos e psicólogos a estabelecer um diagnóstico. Como os distúrbios de aprendizagem são frequentes, muitas crianças são submetidas a exames psicológicos para determinar se elas têm TDAH e para detectar a presença de um distúrbio de aprendizagem específico, seja como causa da desatenção ou como um problema coexistente. Um exame físico e, às vezes, também são realizados vários exames de sangue e outros para excluir outros distúrbios. 

Tratamento

As crianças são tratadas com terapia comportamental e com medicamentos estimulantes. Os medicamentos ajudam a aliviar os sintomas e facilitam a participação das crianças na escola e em outras atividades. A terapia combinada é especialmente benéfica para crianças mais novas. Já nas crianças em idade pré-escolar, a terapia comportamental pode ser suficiente. 

A lei federal dos EUA sobre educação para indivíduos com deficiências exige que as escolas públicas ofereçam educação gratuita e apropriada para crianças e adolescentes com TDAH. A educação deve ser fornecida no ambiente menos restritivo e mais inclusivo possível, ou seja, um ambiente no qual a criança tem todas as oportunidades para interagir com outras crianças não afetadas e tenha igual acesso aos recursos da comunidade.