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Paralisia Cerebral

O que é a Paralisia Cerebral?

A paralisia cerebral é uma lesão neurológica causada por danos que ocorrem no cérebro em desenvolvimento, afetando os movimentos, a postura, o tônus muscular e as habilidades motoras, levando ao surgimento de perda do equilíbrio, falta de coordenação, movimentos involuntários ou dificuldade na fala ou caminhada, por exemplo. Em alguns casos, pode estar associada à epilepsia, problemas na visão, audição ou deficiência intelectual. 

A paralisia cerebral pode ser causada pela falta de oxigênio no cérebro relacionada ao trabalho de parto, mas também pode ocorrer por hemorragia cerebral, fatores genéticos que levam ao desenvolvimento anormal do cérebro durante a gestação, ou até mesmo por infecções maternas que afetam o cérebro do feto.  

As consequências da paralisia cerebral dependem da região do cérebro afetada e devem sempre ser avaliadas pelo pediatra ou neurologista, para que seja realizado o tratamento mais adequado, que pode ser feito com o uso de remédios, fisioterapia ou terapia ocupacional, por exemplo. 

Diagnóstico

O diagnóstico da paralisia cerebral é feito pelo pediatra por meio da história clínica da criança, e através da avaliação física, exame neurológico completo, análise dos sintomas e exames de ressonância magnética, ultrassom craniano ou eletroencefalograma, pois permitem identificar o tipo de paralisia cerebral de acordo com a área afetada do cérebro.  

Outros testes que o médico pode solicitar são exames de sangue, urina ou da pele para detectar alterações genéticas ou metabólicas. Além disso, o pediatra pode encaminhar a criança para outras especialidades médicas como oftalmologista, otorrinolaringologista ou neurologista para avaliar demais condições que podem estar associadas com a paralisia cerebral. 

Tipos de Paralisia Cerebral

Existem diferentes tipos de paralisia cerebral que são relacionados com a região do cérebro afetada, pois causam alterações do movimento ou do tônus muscular específicos. Desta forma a paralisia cerebral pode ser classificada como: 

Paralisia cerebral espástica: é o tipo mais comum afetando cerca de 80% dos casos, sendo caracterizada por rigidez muscular, reflexos exagerados e dificuldade em realizar ou coordenar os movimentos, como andar, cruzar as pernas ou pegar objetos.  

Paralisia cerebral hipotônica: é caracterizada por diminuição do tônus muscular ou músculos excessivamente relaxados e enfraquecidos, podendo causar dificuldade no bebê em manter o pescoço firme e o controle da cabeça, levando a dificuldades respiratórias, além da fala e do andar.  

Paralisia cerebral discinética ou paralisia atetóide: é caracterizada por afetar a coordenação motora e movimentos involuntários, lentos, rápidos ou na forma de espasmos nos braços, pernas e mãos, causando dificuldade de andar ou sentar, por exemplo. Em alguns casos, o rosto e a língua podem ser afetados, levando a dificuldade para falar ou engolir.  

Paralisia cerebral atáxica: é o tipo menos comum caracterizada por tremor e movimentos descoordenados, dificuldade no equilíbrio, na coordenação motora, na caminhada e em movimentos finos como agarrar objetos ou escrever.  

Algumas crianças podem apresentar uma combinação de sintomas dos diferentes tipos de paralisia cerebral, sendo conhecida como paralisia cerebral mista, geralmente causada por uma mistura da paralisia cerebral espástica e discinética.  

Tratamento

O tratamento da paralisia cerebral deve ser feito com orientação médica ao longo da vida com o objetivo de ajudar a criança a ganhar ou desenvolver habilidades e diminuir o risco de complicações, como deformação nas articulações, problemas respiratórios ou convulsões, por exemplo. Os principais tratamentos da paralisia cerebral indicados pelo médico são:  

Uso de remédios 

Os remédios para paralisia cerebral indicados pelo médico podem ajudar a diminuir a rigidez e os espasmos musculares, como relaxantes musculares tomados por via oral, ou aplicação de botox no músculo ou no nervo. Além disso, o botox também pode ser aplicado nas glândulas salivares para reduzir a produção excessiva de saliva.   

Fisioterapia 

A fisioterapia é feita com exercícios indicados pelo fisioterapeuta e tem como objetivo fortalecer os músculos, melhorar a força, a flexibilidade, o equilíbrio e a coordenação motora. Alguns desses exercícios podem ser feitos em casa, conforme orientação do fisioterapeuta. Em alguns casos, pode ser indicado fazer fisioterapia para ajudar na fala, deglutição e melhorar a respiração.  

Terapia ocupacional 

A terapia ocupacional é uma ótima opção para aumentar a qualidade de vida e ajudar a criança a ganhar independência nas atividades do dia a dia em casa ou na escola, como comer ou andar, por exemplo. Isto porque, nas sessões de terapia ocupacional, o profissional ajuda a criança a utilizar alguns equipamentos auxiliares, como talheres especiais, andador ou cadeira de rodas, por exemplo.  

Fonoaudiologia 

A fonoaudiologia é indicada para ajudar a melhorar a capacidade da fala ou da comunicação através da linguagem dos sinais, além das dificuldades para comer ou engolir, e deve ser orientada pelo fonoaudiólogo.  

Cirurgia ortopédica 

A cirurgia ortopédica pode ser indicada pelo médico para corrigir deformações nos ossos ou articulações, causadas pela rigidez muscular. Além disso, a cirurgia ortopédica pode ajudar a aliviar a dor e melhorar os movimentos musculares da região afetada.