Por O Dia
Escola formada por pessoas com deficiência exaltou os super-heróis da vida real na avenida.
A Embaixadores da Alegria, formada por pessoas com deficiência, abriu o desfile das campeãs na Marquês de Sapucaí, no último sábado (17). A reedição do enredo de 2018 animou os foliões, exaltando os super-heróis da vida real.
A escola reúne cerca de 1.300 componentes de instituições do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e outras regiões. As alas são formadas por pessoas com e sem deficiência, e a bateria é composta por 280 ritmistas. A rainha de bateria tem Síndrome de Down. Para atender às necessidades dos foliões, uma equipe formada por professores de educação física, fisioterapeutas e psicólogos acompanha o desfile. Já um time de intérprete de libras traduz o samba na Avenida para quem tem deficiência auditiva.
Na tarde da última sexta-feira (16), a Embaixadores da Alegria foi homenageada pela Suderj – que tem o ídolo paralímpico Clodoaldo Silva como vice-presidente de esporte para saúde e PcD – pelo trabalho de inclusão no Carnaval desde 2006. “Neste período, aproximadamente 18 mil pessoas já foram beneficiadas pelos nossos desfiles acessíveis. A Embaixadores da Alegria trabalha com todos os tipos de deficiência e inclui na festa parentes e amigos sem deficiência”, explica Caio Leitão, que fundou a escola de samba ao lado do inglês Paul Davies.
Ambos estiveram na sede da Superintendência de Desporto do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), no Centro do Rio, onde receberam uma homenagem pelo trabalho desempenhado. Lu Ruffino, porta-bandeira cadeirante da agremiação, também compareceu à solenidade. “Acreditamos firmemente que a inclusão deve ser uma prioridade em todos os lugares, especialmente em eventos tão emblemáticos como o Carnaval”, ressalta Renato de Paula, presidente da Suderj.
A estreia da agremiação na Avenida foi em 2008, quando a Embaixadores da Alegria abriu os desfiles do então Grupo de Acesso A, atualmente chamado de Série Ouro. A mudança para o Sábado das Campeãs, em 2010, aconteceu para que o grupo tivesse uma visibilidade maior e mais conforto.