Por: Erik Maia / G1

O Projeto Onda Azul voltou a reunir crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista. E o ponto de encontro ocorreu na Praia de Cruz das Almas, em Maceió, onde eles têm contato com a prancha e aprendem a surfar. “Esse projeto tomou uma proporção muito maior do que a gente esperava. Nós não temos a pretensão de formar surfistas. Mas podemos ajudar nos tratamentos e percebemos uma evolução muito grande nos meninos“, disse a surfista e instrutora Fabiana Lisboa.

Ao todo, 30 crianças e adolescentes são atendidos pela equipe. As atividades são realizadas em grupo de 10 pessoas. Antes de entrar no mar, tem aquecimento, onde todo mundo faz uma série de alongamentos. O Matheus é um dos pacientes atendidos. Segundo a mãe, Josilene Araújo, o projeto tem ajudado muito no desenvolvimento do filho. “Antes era difícil para ele se sentar e sempre estava comigo, hoje ele já senta sozinho. É uma evolução muito grande. É o meu orgulho. Agradeço demais o projeto”, disse.

O esporte como alternativa

Para quem nunca praticou surf, o primeiro contato com a prancha é na areia da praia. Alguns meninos já tem intimidade com o mar. Um deles é o Thiago. Ele já surfava e, após um tempo parado, tentou algumas vezes até conseguir pegar a primeira onda do dia. “Foi libertador, sair um pouco de casa, conhecer pessoas. Estar com a natureza. É muito relaxante“, disse o estudante.

Na praia, além da prática da atividade física, os meninos e meninas com autismo enfrentam alguns desafios, como o toque da areia e o barulho do mar. Além de trabalhar a socialização.

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